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Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.

terça-feira, 20 de março de 2012

HRW denuncia crimes da oposição síria contra civis alauitas


A despeito das distorções jornalísticas da mídia conservadora mundial, em uníssono com a ONU, a OTAN e o Departamento de Estado norte-americano, a Human Rights Watch, que não poupou denúncias iniciais ao governo sírio no combate aos rebeldes que se levantaram na esteira dos episódios da Líbia e Egito, agora revela algo de extrema importânci. Denuncia as violências dessa oposição armada contra civis inocentes, trazendo indícios sobre a razão de estabilidade do governo de Damasco, a despeito dos longos confrontos.
É que na raiz da disputa não está tão evidente a questão democrática,como mote, mas, sim, uma guerra civil promovida pelos sunistas financiados pela Arabia Saudita e o Quatar, tentando reproduzir na Síria o que fizeram, com seus mercenários, seu financiamento e seus armamentos, na Líbia.
A HRW denuncia atrocidades dos ditos rebeldes contra civis e funcionários do governo, quando identificados como membros da facção muçulmana alauíta, à qual pertence o chefe de Estado, Bashar Al-Assad.
Para além da referência religiosa, no confronto entre alauitas e sunitas em território sírio, o que está realmente em pauta - daí a participação ativa das forças conservadoras ocidentais -  é a disputa de hegemonia política no Oriente Médio. De um lado, a reacionária e autoritária família Saud, proprietária privada do território que leva seu nome, e que lhe foi doado pelos ingleses nos anos 30 do século passado, como forma de garantir o controle das imensas reservas  petrolíferas da região em mãos das "Sete Irmãs". Os Saud exerceriam, com participação nos lucros, o papel sujo de capatazes repressores dos árabes que lutassem por soberania.
Não, por acaso, são eles, ao lado de Israel, os principais aliados das potências ocidentais no exercício de eliminar todos os que, na região, se oponham à hegemonia expansionista exercida pelos Estados Unidos, que tem sua base militar instalada no Quatar. Base militar, é claro, existente não para promover avanço pacífico na região, mas para garantir os interesses das corporações petrolíferas no Oriente Médio.
Nessa conjuntura, o governo sírio, a despeito de toda a tibieza em situações passadas - a passividade diante da ocupação ilega das estratégicas colinas de Golan pelo exército israelense -, preserva espaços de autonomia e de confrontação política a essa hegemonia ocidental, que sauditas e americanos consideram fundamental liquidar, como forma de deixar aberto o caminho de ataque ao Irã. E que justificam posições de forças realmente democráticas, que lutam contra os excessos do poder atual que distorce o programa inicial do Partido Baath, como o Partido Comunista, exigindo reformas profundas, mas não se aliando com os ditos "rebeldes" que ora pedem a intervenção estrangeira explícita no processo.

Segue a matéria do Le Monde sobre as denúncias da HRW

Syrie : HWR dénonce des violences des rebelles, combats sporadiques à Damas

Le Monde.fr avec AFP | • Mis à jour le
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Des membres de l'Armée syrienne libre à Idlib, le 11 mars 2012.
Dans une lettre rendue publique et adressée au Conseil national syrien et aux leaders des autres groupes de l'opposition syrienne, Human Rights Watch dénonce, mardi 20 mars, de graves abus - kidnapping, détention, torture de membres des forces de sécurité ainsi que des milices gouvernementales, les shabeehas - commis par des combattants rebelles. L'ONG pointe également des exécutions par des rebelles armés de membres des forces de sécurité et de civils.
HWR appelle les leaders de l'opposition syrienne à condamner fermement ces exactions. Selon des témoignages recueillis par l'ONG, certaines de ces attaques étaient motivées par un sentiment anti-alaouite. "Les méthodes brutales et violentes du gouvernement syrien ne justifient en rien des mauvais traitements de la part des combattants rebelles armés", rappelle Sarah Leah Whitson, directrice de HWR au Proche-Orient.
Sur le terrain, des combats sporadiques opposaient à Damas mardi des soldats de l'armée régulière aux déserteurs de l'Armée syrienne libre, tandis que les troupes poursuivaient leurs opérations à travers le pays, provoquant la mort d'au moins neuf civils.
Un militant sur place a affirmé que des tirs étaient entendus à l'aube dans la capitale, tandis que les Comités locaux de coordination (LCC, qui animent la contestation sur le terrain) ont affirmé que des "tirs nourris résonnaient en direction de la place Arnous depuis le boulevard de Bagdad", dans le centre de Damas. De son côté, l'Observatoire syrien des droits de l'homme (OSDH) a affirmé que des tirs étaient entendus dans les quartiers de Barzé et de Qaboun, en périphérie.
MILITARISATION CROISSANTE
Ailleurs dans le pays, quatre civils au moins ont été tués par une roquette tombée sur leur maison de Khaldiyé, à Homs (Centre), ainsi que trois autres à Rastane dans les mêmes circonstances. A Hama (Centre), un civil a été abattu à la mitrailleuse lourde et une dizaine de personnes ont été blessées dans plusieurs quartiers, selon l'OSDH. Dans la province de Deir Ezzor (Est), un homme est mort touché par un tir des forces gouvernementales qui menaient des perquisitions.
Alors que la révolte populaire hostile au régime du président Bachar Al-Assad est entrée dans sa deuxième année, elle se militarise et l'opposition ainsi que plusieurs pays, notamment du Golfe, appellent à armer les déserteurs regroupés dans l'ASL, qui multiplient les affrontements avec l'armée. Un soldat de l'armée régulière a ainsi été tué par des rebelles à l'aube dans la région de Deraa (Sud). Lundi, cinquante et une personnes avaient trouvé la mort, dont vingt-deux civils, vingt et un membres des forces de l'ordre et huit rebelles.


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