Quem sou eu

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Jornalista, por conta de cassação como oficial de Marinha no golpe de 64, sou cria de Vila Isabel, onde vivi até os 23 anos de idade. A vida política partidária começa simultaneamente com a vida jornalística, em 1965. A jornalística, explicitamente. A política, na clandestinidade do PCB. Ex-deputado estadual, me filio ao PT, por onde alcanço mais dois mandatos, já como federal. Com a guinada ideológica imposta ao Partido pelo pragmatismo escolhido como caminho pelo governo Lula, saio e me incorporo aos que fundaram o Partido Socialismo e Liberdade, onde milito atualmente. Três filh@s - Thalia, Tainah e Leonardo - vivo com minha companheira Rosane desde 1988.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mensagem a Merval

O Globo dá ampla cobertura, na sua edição de hoje, ao seminário, que deveria ser interno, organizado pelos tucanos. No mesmo jornal, todos sabem, há um colunista - Merval Pereira - que se ocupa da denúncia permanente do "aparelhamento do Estado", que eu prefiro tratar como uma das versões de sua privatização.
Nesta abertura de seminário, pontificaram como "militantes" prestando colaboração para um programa partidário alguns dos nomes que organizaram e dirigiram a implantação de um dos mais predadores modelos de "governança"neoliberal. No Banco Central, ou no BNDES, deram as cartas para a grande privataria que liquidou com nosso patrimônio público sob alegação de que era o único caminho para abater uma dívida pública em torno de R$ 60 bilhões. Ficamos sem o patrimônio, e o mandarinato FHC transferiu o bastão com uma dívida de R$ 650 bi. 
E deixando como herança, a certeza da continuidade, através da nomeação, por Lula, do então deputado federal recém eleito pelo PSDB, Henrique Meirelles.


Por conta disso, enviei uma mensagem a Merval Pereira, hoje de retorno ao seu espaço na área nobre do jornal:


"Para quem tem justa preocupação com o "aparelhamento do Estado" pelo Poder Executivo - fato condenável porque conduz à troca de votos por favores - seu jornal hoje traz um prato feito. A ínclita tucanagem mostrou , no noticiário sobre seu seminário, a diferença entre seus métodos "acadêmicos" e os do sindicalismo de composição de classes que marca o PT. É a diferença entre o varejo e o atacado. Enquanto Lula, diretamente ou por sucessora imposta, partilhou entre ministérios de relativo poder a aliados bandidos, os tucanos me fizeram recordar a privatização do Estado em alto estilo, e no atacado. Não só ministérios eram ocupados por emplumados, como, e principalmente, o Banco Central e o BNDES. Gustavo Franco, Arminio Fraga, Pérsio Arida, estavam todos lá fazendo pauta do programa de oposição. Faz sentido, cada um trabalha, e aparelha," com a classe que diz representar.
Foi tão forte o aparelhamento da área econômica, decisiva, pelo governo FHC, que ela se estendeu, inclusive, aos dois mandatos de Lula. Afinal, Henrique Meirelles não foi eleito, e abriu mão de um mandato, pelo PSDB?
É só uma sugestão de comentário".

Como dificilmente os comentários virão, torno público o chamado, ressaltando que gostaria imensamente de ver o Globo dar aos demais partidos políticos o mesmo tratamento dado ao PSDB em seu seminário.

Um comentário:

  1. Olá Milton!

    Gostaria apenas divulgá-lo o vídeo chat com Amaury Ribeiro Jr., sobre seu livro, A privataria Tucana. (http://encontrosp.blogspot.com/2011/12/video-do-chat-privataria-tucana-com.html)

    Um abraco e parabéns pelo blog e nao menos pelo engajamento político de tantos anos!

    Saudacoes!

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